Passado mais de 1 ano em que fomos instaurados em uma nova realidade mundial, é notório que a pandemia atingiu em cheio a população mais pobre. E as mudanças nos paradigmas de convívio social, trabalho e econômicos certamente trarão novas demandas para o mercado segurador.
Neste cenário, o microsseguro tem grande relevância e se mostra como ferramenta importante para promoção da paz e inclusão social. Os seguros inclusivos, que já eram necessários antes da pandemia, agora são essenciais.
A preocupação com a situação das populações menos favorecidas nos últimos anos já vinha sendo tendência mundial, não apenas pelas questões humanitárias envolvidas, mas pelas consequências sociais, econômicas, políticas e, até mesmo, ecológicas geradas pela desigualdade e pela miséria.
De acordo com pesquisas realizadas por conceituadas instituições internacionais, enquanto nos países desenvolvidos a maior parte da população está coberta por algum tipo de seguro, nos países emergentes e em desenvolvimento apenas um pequeno percentual da população possui algum tipo de cobertura. Porém, são as famílias pobres que estão especialmente vulneráveis aos riscos, tanto aqueles causados pela natureza, quanto aos causados por ocorrências do cotidiano.
No Brasil a situação não é diferente, pois as classes menos favorecidas estão mais frequentemente expostas a doenças, acidentes, mortes e a uma série de danos e perdas relacionadas aos bens e a propriedade em função da natureza de suas atividades e do ambiente em que vivem. Estas ocorrências, além dos impactos sociais e econômicos causados aos mais carentes, geram a cada período uma série de gastos extraordinários para o Governo.
Recentemente, presenciamos a necessidade de concessão pelo Governo de auxílios emergenciais como forma de garantir a subsistência de 66 milhões de pessoas quem foram beneficiadas.
Nesse contexto, o microsseguro é uma alternativa para beneficiar o crescimento econômico e o desenvolvimento humano, desempenhando um papel fundamental, já que se encontra na fronteira entre os serviços financeiros e a proteção social, incorporando elementos de ambos. Vem se constituindo como parte da estratégia de governo de muitos países como forma de diminuir a pobreza, ao tornar os sistemas financeiros mais inclusivos por meio da promoção do acesso a serviços como poupança, crédito e seguros para a população de baixa renda.
